Apostila Geografia do Brasil
GEOGRAFIA DO BRASIL
DIVISÃO POLÍTICA E REGIONAL DO BRASIL
1. Região Norte
É formada por 7 Estados, ocupando 45,25% da área do Brasil e possuindo
11.159.000 habitantes (1995 = 7,2% do Brasil). No período de 1980 a 91, a Região registrou a
maior taxa de crescimento populacional (3,9%) do Brasil, sendo Roraima o Estado
que teve a taxa mais alta de crescimento populacional, aumentando de 79.159
para 262.200 habitantes.
2. Região Nordeste
É formada por 9 Estados (Fernando de Noronha foi anexado a PE), abrangendo
18,28% da área do Brasil. Nessa região vivem 28,8% dos brasileiros. Constitui
uma área de intenso êxodo populacional, fornecendo migrantes para as demais
regiões. A região apresenta enormes disparidades econômicas e naturais entre
suas diversas áreas. Distinguem-se as seguinte regiões geoeconômicas: Zona da
Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte.
O maior problema do NE não é a seca, mas sim a desigualdade social
apoiada no desequilíbrio da estrutura fundiária.
3. Região Centro-Oeste
É formada pelos Estados de MT, MS, GO e pelo DF. Abrange 18,86% da área
do Brasil e é a região menos populosa, com 10.272.700 habitantes, isto é,
6,59% da população nacional.
Caracteriza-se pelo domínio do clima tropical semi-úmido, de extensos
chapadões e da vegetação do cerrado. Possui grande crescimento populacional e
rápida e elevada urbanização. É a nova fronteira agrícola do país, onde uma
agricultura mecanizada, com insumos modernos, e o método da calagem estão
transformando antigas áreas pecuaristas em exportadoras de soja.
4. Região Sudeste
É formada por 4 estados. É a mais populosa, mais povoada e urbanizada
região brasileira. Com 66.288.100 habitantes, ou seja, 42,5% da população
brasileira, apresenta 71,3 habitantes por km2 e 90,0% de
urbanização. Destaca-se pelo dinamismo econômico, representado por elevada
industrialização, grande produção agropecuária, concentração financeira e
intensa atividade comercial.
5. Região Sul
Formada por 3 Estados, abrange apenas 6,76% da área brasileira, sendo a
menor região do país. Possui 14,84% da população nacional, tendo registrado o
menor crescimento populacional do Brasil nas duas últimas décadas. É uma
região com traços marcantes e homogêneos como o domínio do clima subtropical,
fortes marcas da ocupação européia, elevada produção agrária e destacável
crescimento industrial.
O BRASIL NA AMÉRICA LATINA
1. Apresentação
O Brasil destacou-se na América Latina, contando com um terço da
população e do produto interno bruto de toda a região, e a melhor performance
no PIB per capita. No âmbito da
política externa o Brasil exerceu a capacidade de negociação inicialmente com
a América Latina e depois em nível das relações externas, mas a direção dos
fluxos comerciais colocam-no ainda entre os países periféricos, que comercializam
mais com os países desenvolvidos do que com os seus vizinhos.
Os maiores clientes e fornecedores são ainda os EUA e a Europa (à exceção
do fornecimento de petróleo pelo Oriente Médio). Dados recentes da ALADI
(Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração) indicam que as
importações latino-americanas de produtos originários dos EUA têm aumentado em
países como o Brasil e a Argentina a taxas, em certos casos, cinco vezes
superiores às do incremento de suas exportações.
2. As Organizações Políticas e
Econômicas da América Latina
OEA –
Associação dos Estados Americanos
Reunidos na cidade de Bogotá, capital da Colômbia, em 1948, 21 países
americanos decidiram pela criação da Organização dos Estados Americanos (OEA)
com sede em
Washington. Seus princípios são:
l Os Estados americanos condenam a
guerra de agressão.
l A agressão a um estado americano
constitui uma agressão a todos os demais estados americanos.
l Controvérsias de caráter
internacional entre dois ou mais estados americanos devem ser resolvidas por
meios pacíficos.
l A cooperação econômica é essencial
para o bem-estar e a prosperidade comum dos povos do continente.
l Quando, em 1962, Cuba, um país-membro
dessa organização, foi expulsa, por catorze votos (por ter optado pelo Socialismo),
o Brasil não tomou partido se abstendo de votar, deixando que os Estados
Unidos pressionassem a OEA, e a tornassem inoperante e submissa aos seus
interesses.
ALADI –
Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração
l Em 1960, pelo Tratado de Montevidéu,
surgiu a ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio) com a finalidade
de desenvolver o comércio entre os países-membros. No entanto, problemas
locais e externos limitaram sua atuação (Ex.: diferenças de grau de
desenvolvimento).
l Diante dos resultados, em 1980 surge
a ALADI, em substituição à ALALC, compreendendo os seguintes países-membros:
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru,
Uruguai e Venezuela.
Mercosul
- Mercado Comum do Sul
l Em março de 1991, Brasil, Argentina,
Uruguai e Paraguai assinaram o tratado de constituição do Mercado Comum do Sul
- o Mercosul, começando suas atividades a partir de 1995.
l A integração comercial implica três
aspectos operacionais: "a livre circulação de bens, serviços e fatores
produtivos"; "coordenaçâo de políticas macroeconômicas e
setoriais"; "compromisso dos Estados-partes de harmonizar suas
legislações para o fortalecimento do processo de integração".
l O Mercosul segue a tendência mundial,
que é a organização dos países em blocos econômicos.
3. Posição do Brasil no Mercosul
A recessão generalizada e a conseqüente carência de capitais
representavam entraves para os investimentos infraregionais. O surgimento do
Mercosul foi resultado da modificação desse panorama. Brasil e Argentina,
através de acordos prévios de integração bilateral firmados entre os dois
países, visavam ao desenvolvimento tecnológico complementado por uma integração
comercial, por meio de acordos nas áreas nuclear, financeira, industrial,
aeronáutica e biotecnológica.
O Tratado de Assunção, que definiu os contornos do Mercosul, enfatiza o
projeto de integração comercial. No entanto, temos uma realidade de grandes
diversidades geográficas, demográficas e econômicas que impõe políticas
decorrentes das peculiaridades de cada país; portanto, não é aceitável uma
estrutura rígida para o Mercosul. Esta impediria não só suas políticas
nacionais, como também o prosseguimento de sua afirmação como países capazes de
desenvolver-se tecnologicamente e alcançar condições que lhes permitiam
atingir a importância internacional que suas dimensões justificam.
O Mercosul tem por objetivo a implantação do livre comércio entre os seus
países. Para atingir esse objetivo, as tarifas - (impostos ou taxas) aplicadas
sobre os produtos importados de cada um dos países-membros devem sofrer
reduções gradativas, até a completa eliminação.
Existe uma crítica à formação de blocos econômicos regionais e
subregionais na América. Acredita-se que um projeto lançado em 1989 pelo
ex-presidente dos Estados Unidos, George Bush, chamado de "Iniciativa
pelas Américas", que busca a formação de uma vasta zona econômica livre,
que se estenderia do Alasca até a Terra do Fogo, isto é, por toda a América, na
tentativa de concorrer com a Europa, que já formou e colocou em prática, desde
1° dejaneiro de 1993, o Espaço Econômico Europeu, considerado o maior bloco
comercial do mundo.
Na Cúpula de Miami, em 1994, decidiu-se que o bloco continental ALCA
(Área de Livre Comércio das Américas) terá vigência somente a partir de 2005.
Desde 1997, tem aumentado a pressão dos EUA para a consolidação da ALCA.
POPULAÇÃO BRASILEIRA
1. Características gerais
Em 1872, o Brasil resolveu fazer o primeiro recenseamento dos dados da
população brasileira e descobriu-se que somávamos mais de 10 milhões de
habitantes. Quase 120 anos depois, atingimos a marca de 155,8 milhões de
habitantes (95). Tornamo-nos um dos países mais populosos do mundo, ocupando a
quinta posição mundial e a segunda no Continente Americano, logo após os EUA.
2. Distribuição da população
É importante lembrar que, apesar do Brasil ser um país populoso, possui
baixa densidade demográfica (18,2 hab/km2), ou seja, um país pouco
povoado. Apresenta uma irregular distribuição populacional pelo território. Há
forte concentração de pessoas na faixa litorânea (região Sudeste). No Rio de
Janeiro, a densidade passa de 300 hab/km2. No interior, a densidade
torna-se gradualmente menor, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste,
onde encontramos 1,1 hab/km2, como em Roraima e 1,4 hab/km2,
no Amazonas. De forma geral, as maiores concentrações populacionais estão
próximas ao litoral, numa faixa de aproximadamente 300km2, onde a
densidade ultrapassa 100 hab/km2 em algumas áreas. Toda essa faixa
possui densidade acima de 10 hab/km2.
Além dessa faixa, para o interior a população torna-se paulatinamente
mais escassa, passando por uma densidade que seria mediana no Brasil. Esta
faixa, com densidade de 1 a
10 hab/km2, abrange desde o Maranhão e o Pará até o Mato Grosso do
Sul. Temos, ainda, áreas com densidades inferiores a 2 hab/km2, que
correspondem ao Amazonas, Amapá e Roraima.
Áreas Densamente Povoadas
Zona da Mata Nordestina, Encosta da Borborema, Agreste (PE e PB),
Recôncavo Baiano, Zona Cacaueira (BA), Sul de Minas Gerais e Zona da Mata
Mineira, Sul do Espírito Santo, Grande parte do Rio de Janeiro e São Paulo,
Zonas coloniais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Obs.: A região Sudeste é a que apresenta a maior população absoluta, seguida
da Região Nordeste. A Centro-Oeste é a de menor participação no total.
3. Crescimento Populacional
O primeiro recenseamento oficial da população brasileira foi realizado
somente em 1872. Antes desta data, só existiam estimativas, não muito precisas,
a respeito da população.
A partir de 1872, foi possível ter-se um melhor controle e conhecimento
a respeito da evolução do crescimento populacional.
Observe, a seguir, a relação dos recenseamentos oficiais.
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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO (1940-1998)
De acordo com a tabela apresentada, notamos que o crescimento da
população brasileira foi muito grande no período 1872/1990, passando de 10
milhões para 146 milhões de habitantes, o que significa um acréscimo de 136
milhões de pessoas, em pouco mais de um século. Quais os fatores responsáveis
por este grande e rápido crescimento populacional ocorrido no Brasil? Os
fatores são basicamente dois: o crescimento vegetativo ou natural (fator
principal) e a imigração (fator secundário).
De acordo com o censo realizado em 1991, houve uma diminuição na taxa de
crescimento populacional brasileiro, provocada principalmente, segundo o IBGE,
pela queda acentuada da taxa de natalidade e pelo aumento das migrações
internas, resultantes das dificuldades provocadas pelo atual quadro
socioeconômico do País.
O crescimento vegetativo ou crescimento natural da população é a
diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade, ou seja:
|
Observa-se uma redução da natalidade, a partir de 1872. Essa reduçâo,
embora lenta, foi provocada por diversos fatores, como urbanização, elevação
do padrão socioeconômico da população, casamentos mais tardios e maior adoção
de métodos anticoncepcionais.
Regionalmente, observam-se diferenças significativas no tocante à
natalidade, sendo que as taxas mais elevadas são encontradas nas regiões
Nordeste e Norte, enquanto as mais baixas estão nas regiões Sudeste e Sul.
A taxa de mortalidade, embora tenha sido bastante elevada até a década de
30, sofreu forte redução a partir de 1940 (2o Guerra Mundial). A
redução acentuada da mortalidade, após 1940, deve-se a fatores como o progresso
da Medicina e da Bioquímica (antibióticos, vacinas), melhoria da assistência
médico-hospitalar, das condições higiênico-sanitárias e urbanização da
população. Quanto às variações das taxas de mortalidade, verificamos que as
mais elevadas são encontradas nas regiões Nordeste e Norte, e as menores, nas
regiões Sudeste e Sul; são mais elevadas nas zonas rurais que nas urbanas, e a
mortalidade masculina é maior que a feminina.
Portanto, a persistência de elevadas taxas de natalidade, aliada a uma
redução acentuada da mortalidade, explica o elevado crescimento da população
brasileira até 1980, sendo, no caso, o crescimento vegetativo o fator
principal, e a imigração, o fator secundário. A partir de 1970, a queda da taxa de
natalidade foi mais acentuada que a queda na taxa de mortalidade. Portanto, a
tendência atual é a de se reduzir o crescimento vegetativo.
A mortalidade infantil continua sendo bastante elevada no Brasil. situando-se
em torno de 50 por mil em 1990.
Estrutura etária e formação da
população
1. Estrutura etária da população
O Brasil sempre foi considerado um país jovem. No entanto, de acordo com
o último censo, realizado em 1991, o perfil etário da população tem apresentado
mudanças. A taxa de natalidade está se reduzindo de maneira significativa nos
últimos anos e isto apresenta reflexo imediato na construção da pirâmide
etária.
Pirâmide etária é a representação gráfica da composição de uma população
segundo o sexo e a idade. Na construçâo da pirâmide, representam-se: homens do
lado esquerdo e mulheres do lado direito da linha vertical. A escala vertical
representa os grupos etários. Nas abscissas temos os totais absolutos ou
relativos da população. A base da pirâmide representa a população jovem, a parte
intermediária, os adultos, e o ápice, os idosos.
O Brasil é considerado um país subdesenvolvido e, como tal, sempre
apresentou a pirâmide com base larga e ápice estreito. Mas, de acordo com o
censo de 91, houve uma mudança deste quadro, pois a população adulta passou a
predominar em relação àjovem. Caracteriza, assim, uma transição demográfica.
Este fenômeno ocorreu porque o Brasil passou a ser um país
urbano-industrial e nestas condições as taxas de natalidade são naturalmente
mais baixas.
Nota-se que as regiões de maior dinamismo econômico são justamente as
que apresentam maiores proporções de adultos, indicando fatores como menores
taxas de natalidade ou mesmo forte migração interna.
2. Estrutura por sexos
O Brasil, bem como a maioria dos países ocidentais, apresenta um ligeiro
predomínio de mulheres. Nos estados nordestinos, onde a saída da população
masculina é bem mais acentuada, encontramos predomínio feminino, enquanto nos
estados de migrações recentes da região centro-oeste e norte há o predomínio de
homens.
3. Formação étnica da população
brasileira
Três grupos deram origem à população brasileira: o índígena, de provável
origem páleo-asiática, por isso também classificado como amarelo; o branco,
principalmente o atlanto-mediterrâneo (portugueses, espanhóis e italianos),
além dos germanos (alemães, suíços, holandeses), eslavos (poloneses, russos e
ucranianos) e asiáticos (árabes e judeus) e negros, principalmente bantos e
sudaneses. No século atual, mais um grupo veio integrar a população
brasileira: o amarelo, de origem asiática recente, principalmente os japoneses
e, em menor quantidade, os chineses e coreanos.
A miscigenação da população ocorreu de forma intensa, desde o início do
processo colonial, no século XVI, quando os colonos portugueses se relacionavam
com escravas negras e indígenas, muitas vezes à força, dando origem aos
mestiços (mulatos e caboclos ou mamelucos), assim como o relacionamento entre
negros e indígenas deu origem ao cafuzo. As estimativas sobre o número de
indígenas presentes no Brasil no início da colonização e o número de escravos
africanos ingressos durante a escravatura são muito elásticas e imprecisas,
variando entre 2 milhões a 10 milhôes para os indígenas, e cerca de 6 milhões
de escravos africanos. Por outro lado, os portugueses ingressos ainda no
período colonial alcançaram uma cifra de aproximadamente 500 mil, e após a
independência, cerca de 5 milhões, dos quais aproximadamente 2,5 milhões
retornaram a Portugal. Já dos imigrantes ingressos no País após 1850, cerca de
4,2 milhões permaneceram no Brasil. Assim, podemos deduzir que, em termos
étnicos, a maioria da população brasileira é mestiça. No entanto, as pesquisas
levantadas pelos últimos recenseamentos procuram enfatizar apenas a cor da
pele da população, com base na informação geralmente não muito precisa do
entrevistado. A população indígena encontra-se reduzida a aproximadamente 0,6%
da população brasileira, refletindo o etnocídio a que foi submetida, com a
extinção de inúmeras nações indígenas, quer seja pelo seu extermínio físico,
quer seja pelo desaparecimento de sua cultura, em função da
"integração" com a sociedade global. Os negros foram reduzidos a
cerca de 5% da população total, enquanto os brancos representam cerca de
54,3%, e os mestiços, genericamente denominados de pardos nos atuais
recenseamentos, atingiram o índice de cerca de 40,1 %. Obviamente que esses
índices não representam especificamente a formação étnica da população brasileira,
porém, apenas uma classificação quanto à cor da pele. Contudo, o que mais se
evidencia nos dados coletados é o constante crescimento da miscigenação,
representada pelo crescimento da população mestiça e redução percentual dos 3
grupos básicos.
BRASIL - GRUPOS ÉTNICOS NA POPULAÇÃO TOTAL
COR DA PELE
|
% DA POPULAÇÃO
EM 1950
|
% DA POPULAÇÃO
EM 1980
|
% DA POPULAÇÃO
EM 1996
|
Brancos
Negros
Pardos
Amarelos
Não declarados
TOTAL
|
61,7
11,0
26,5
0,6
0,2
100,0
|
54,7
5,9
38,5
0,6
0,3
100,0
|
54,5
4,9
40,1
0,6
0,1
100,0
|
Fonte: IBGE: 1950, 1980 e 1996
População
economicamente ativa - PEA
Dentre os aspectos relevantes que caracterizam a estrutura de uma
população, ressaltam-se, pela sua influência no desenvolvimento do País, as
atividades principais exercidas pela população.
Segundo um critério hoje universalmente aceito, agrupamos as atividades
humanas em três classes principais, assim denominadas:
- Setor Primário: agricultura, pecuária, silvicultura e pesca;
- Setor Secundário: indústria de transformação;
- Setor Terciário: comércio, serviços e profissões liberais.
A população ativa no Brasil, em 1991, era de 43%, o que, conjugado ao
baixo nível tecnológico dos diversos setores de atividades, acarreta um baixo
nível de produção econômica.
Apesar de sua diminuição progressiva, o setor predominante sempre foi o
primário; porém, a partir de 1976, o terciário passou a ser o setor de maior
absorção de ativos, enquanto o secundário sofre um grande aumento de 1970 para
1991, passando de 17,8% para 22,7%.
Dentre as regiões brasileiras, a Norte e a Nordeste são as que apresentam
maiores concentrações no setor primário, enquanto a Sudeste e a Sul são as
regiões de menores concentrações.
Na década de 70, o crescimento do setor secundário foi maior, uma vez que
o país atravessou uma fase de grande desenvolvimento industrial ("Milagre
Brasileiro").
Evidentemente, a população ativa utilizada no setor secundário
concentra-se fortemente no Sudeste, já que a grande maioria da nossa indústria
de transformação encontra-se nessa região.
O grande aumento do terciário ocorreu devido ao desenvolvimento do País,
juntamente com a urbanização da população, que passou a exigir mais
intensamente as atividades de serviços.
Temos observado, nas últimas décadas, uma imporlante transferência da população
economicamente ativa do setor primário para o setor terciário. Este fenômeno
explica-se pela importante urbanização verificada nas últimas décadas,
principalmente no Sudeste, somada às transformações verificadas na zona rural.
A região de maior participação da população feminina na população
economicamente ativa é a Sudeste.
A maior participação da população feminina ocorre em atividades sociais e
de prestação de serviços. Nestas áreas, a participação feminina chega a superar
a masculina.
RANKING DA QUALIDADE DE VIDA
Melhores
Estados
|
Esperança de
vida ao nascer (anos)
|
Taxa de
alfabetização dos adultos
|
PIB – per
capita (em US$)
|
IDH
|
Rio Grande do
Sul
Distrito
Federal
São Paulo
Santa Catarina
Rio de Janeiro
|
74,6
70,1
68,9
70,8
68,8
|
89,9%
90,8%
89,8%
90,1%
90,3%
|
5.168
5,263
5.243
5.114
5.201
|
0,871
0,858
0,850
0,842
0,838
|
Piores Estados
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Paraíba
Alagoas
Piauí
Ceará
Maranhão
|
53,7
55,7
65,1
56,8
62,7
|
58,3%
54,7%
58,3%
62,6%
58,6%
|
1.915
2.413
1.339
2.203
1.695
|
0,466
0,500
0,502
0,506
0,512
|
Fonte: IPEA – 1996
DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL
|
Participação nos rendimentos %
|
|||
1960
|
1970
|
1980
|
1995
|
|
Os 50% mais pobres
Os
40% intermediários
Os
10% mais ricos
|
17,4
43,0
39,6
|
14,9
38,4
46,7
|
12,6
36,5
50,9
|
13,1
38,7
48,2
|
TOTAL
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
MOVIMENTOS
MIGRATÓRIOS INTERNOS
1. Introdução
Entre outras explicações que se podem aventar para o fraco interesse que
os homens públicos de nosso país têm demonstrado para o problema da migração
nos últimos anos, destaca-se a importância assumida pelas correntes de
migração interna. Correntes orientadas de uma região para outra no interior do
país ou entre Estados de uma mesma região, ou dos campos para as cidades (êxodo
rural), têm permitido, pela sua intensidade, substituir a presença do elemento
estrangeiro. Os principais movimentos migratórios ocorridos no Brasil foram:
a) Migração de nordestinos da Zona da Mata para o sertão, séculos XVI e
XVII (gado);
b) Migrações de nordestinos e paulistas para Minas Gerais, século XVIII
(ouro);
c) Migração de mineiros para São Paulo, século XIX (café);
d) Migração de nordestinos para a Amazônia, século XIX (borracha);
e) Migração de nordestinos para Goiás, década de 50 (construção de
Brasília); e
f) Migrações de sulistas para Rondônia e Mato Grosso (década de 70).
As áreas de repulsão populacional são aquelas que perdem população por
diversos fatores, como por exemplo, a falta de mercado de trabalho, ou a
dificuldade das atividades econômicas em absorver ou manter as populações
locais.
As áreas de atração populacional são aquelas que exercem atração sobre as
populações de outras áreas, pois oferecem melhores condições de vida.
2. Mlgração de campo-cidade ou êxodo
rural
Consiste no deslocamento de grande parcela da população da zona rural
para a zona urbana, transferindo-se das atividades econômicas primárias para as
secundárias ou terciárias. Esse é na atualidade o mais importante movimento de
população e ocorre praticamente no mundo todo.
Nos países subdesenvolvidos, ou em vias de desenvolvimento, a migração
do campo para a cidade é tão grande que constitui um verdadeiro êxodo rural.
Ela intensificou-se a partir do surto industrial do Sudeste, iniciado na década
de 40.
Entre as causas do êxodo rural, destaca-se, de um lado, o baixo nível de
vida do homem do campo, ocasionado pelos baixos salários recebidos pelo
trabalhador rural, pela falta de escolas, de assistência médica; de outro, a
atração exercida pela cidade, onde parece haver oportunidade de alcançar melhor
padrão de vida.
Na prática, não aconteceu por dois motivos:
a) o mercado de trabalho não cresce no mesmo ritmo da oferta de
mão-de-obra;
b) o baixo grau de qualificação dessa mão-de-obra, sem nenhum preparo
para atender às necessidades dos setores secundário e terciário.
As pessoas vindas do campo acabam por engrossar as fileiras do subemprego
ou mesmo do desemprego, sofrendo sérios problemas socioeconômicos. Um dos
reflexos desse fato é a ampliação desordenada e incontrolável das favelas, que
cobrem grandes áreas, principalmente nas regiões menos valorizadas das cidades.
Na zona rural, a maior conseqüência da migração para as cidades é o
despovoamento, que, sem ser compensado pela mecanização e aliado a outros
problemas, ocasiona queda da produção e elevação do custo de vida.
O Estatuto do Trabalhador Rural, em 1964, foi criado com a intenção de
beneficiar o homem do campo, obrigando os proprietários de terras a encargos
trabalhistas, como salário mínimo, décimo terceiro salário, férias, etc. No
entanto, não podendo ou não querendo assumir tais encargos, muitos
proprietários preferiram dispensar boa parte de seus empregados, o que acabou
por intensificar o êxodo rural. Nas cidades do interior, os trabalhadores
dispensados transformam-se em bóias-frias, os diaristas, que trabalham apenas em
curtos períodos, sem nenhuma garantia.
Em síntese, as principais causas e conseqüências do êxodo rural são:
Causas repulsivas:
a) excedentes populacionais que acarretam um desequilíbrio entre
mão-de-obra disponível e a oferta de emprego;
b) mecanização de agricultura;
c) secas, inundações, geadas;
d) erosão e esgotamento do solo;
e) falta de assistência médica e de escolas;
f) baixa remuneração no trabalho;
g) concentração das terras, em mãos de poucos;
h) Estatuto do Trabalhador Rural.
Causas atrativas:
Melhores condições e oportunidades de vida que as cidades oferecem:
a) empregos;
b) escolas;
c) moradia;
d) profissionalização;
e) assistência médica.
Conseqüência do êxodo rural:
Nas zonais rurais: perda da populaçáo ativa e queda geral da produção ou
estagnação econômica das áreas rurais, quando a saída de trabalhadores não é
compensada pela mecanização.
Nas zonas urbanas: rápido aumento da população; maior oferta de
mão-de-obra nas cidades, com salários baixos, falta de infra-estrutura das cidades;
desemprego; formação de favelas; delinqüência; mendicância.
3. Hoje: a atração dos centros
regionais
Na década de 90, devido à crise econômica, têm ocorrido duas situações:
1) A migração de retorno, em que milhares de nordestinos, expulsos do
mercado de trabalho em contração, retornam às suas cidades de origem.
2) O crescimento nas áreas industriais e agroindustriais das capitais
regionais, cidades com forte atração dos migrantes brasileiros.
A década de 90 registra o fim das grandes correntes migratórias, como a
dos nordestinos ou a dos paranaenses. Hoje os movimentos migratórios são
pequenos e bem localizados, em geral, em direção a capitais regionais. Agora,
em vez de mudar para São Paulo, os nordestinos preferem buscar empregos e
oportunidades nas próprias capitais nordestinas ou em cidades médias da região,
transferindo para o NE problemas que antes eram típicos das grandes metrópoles
do Centro-Sul.
4. 1970-1990: a nova fronteira
agrícola do Brasil
A partir da década de 70,
a região Sul passou a ter importância como área de saída
populacional em direção à nova fronteira agrícola brasileira (MT/RO). O
desenvolvimento na região Sul, o aumento das culturas mecanizadas, a geada
negra que atingiu a cafeicultura e o crescimento do tamanho médio das
propriedades foram fatores que colaboraram para a expulsão dos trabalhadores rurais
e dos pequenos proprietários.
O PR registrou a maior saída de migrantes no Sul. A população do
Centro-Oeste cresceu 73% na década de 70 enquanto a da região Norte obteve
maior crescimento na década de 80. Nessas duas regiões, o crescimento deu-se
devido ao forte fluxo migratório, favorecido pelo projeto de colonização e pela
abertura de novas rodovias.
Rondônia registrou grande crescimento migratório, pois sua população aumentou
342% na década de 70.
Migrações
Internas Recentes
Áreas de forte atração populacional:
l Brasília e periferia;
l áreas metropolitanas de caráter
nacional e regional;
l áreas de ocupação recente do oeste
paranaense e catarinense;
l RO, AP e PA;
l áreas pioneiras ao longo da rodovia
Belém-Brasília, como Capitão Poço e Paragominas, no Pará;
l áreas madeireiras e mineradoras da
Amazônia;
l áreas de colonização baseada em
médias e pequenas propriedades no Pará; e
l áreas de expansão da pecuária de corte
em manchas de cerrados no Centro-Oeste.
Áreas de Evasão Populacional:
l áreas onde a cultura do café vem
sendo substituída pela pecuária de corte: Colatina e Alto São Mateus, no ES;
Mantena e Manhuaçu, em MG.
l áreas onde a cafeicultura vem sendo substituída
por outras culturas comerciais ou pela pecuária, como a região da Borborema, na
Paraíba;
l áreas de economia estagnada pela
pecuária extensiva: Baixo Balsas no MA e Alto Parnaíba no PI.
5. Migrações diárias
Podemos citar outros fluxos migratórios internos pela sua temporariedade,
apresentando ritmos, dimensões e objetivos variados e que são chamados
migrações pendulares.
Os principais são:
l Deslocamentos dos Bóias-Frias
Morando na cidade, dirigem-se diariamente às fazendas para trabalhos agrícolas,
conforme as necessidades dos fazendeiros. Trata-se de um movimento
urbano-rural.
l Deslocamentos dos Habitantes de
Cidades-Dormitórios
Movimentos pendulares diários inconstantes dos núcleos residenciais
periféricos em direção aos centros industriais. Relacionado às imigrações de
trabalho próprias das áreas metropolitanas, tais como: SP, RJ e Belo
Horizonte. Nas grandes metrópoles, a especulação imobiliária, aliada aos
baixos salários, empurra o trabalhador para longe do seu trabalho, obrigando-o
a se utilizar de, transporte coletivo, na maior parte precário ou insuficiente
para atender ao enorme fluxo populacional.
6. Movimentos migratórios externos
Migrações constituem formas de mobilidade espacial com mudança de
residência. Podem ocorrer de modo diverso em nível interno e externo. As causas
dos movimentos migratórios podem ser agrupadas em:
ordem naturalà clima
ordem materialà econômica
ordem espiritual à religiosa,
étnica, política
De modo geral, as causas mais comuns são as de ordem econômica e
referentes à busca de melhores condições de existência material e que têm
levado os indivíduos a deixarem sua terra natal e se deslocarem para outros
lugares.
As migrações podem ser espontâneas ou livres (sem o controle de um órgão
disciplinador). Foi o que houve no Brasil até 1934, quando medidas
constitucionais limitaram o movimento dos imigrantes das mais diferentes
nacionalidades que haviam ingressado no país nos cinqüenta anos anteriores.
As migrações forçadas constituem uma forma de violação da liberdade
humana, pois as pessoas são deslocadas por interesse de outros grupos.
Como exemplo, pode-se citar a escravidão africana ou as deportações de
judeus, europeus e outros povos durante a Segunda Guerra.
Considerar o imigrante apenas como um dado quantitativo é errado. Outros
aspectos devem ser levados em consideração, tais como:
Suas
características sociais
1) cultura e etnia
2) instituições dos países de origem
3) formação profissional
4) processo de educação
5) religião
6) formação ideológica
Seus
aspectos econômicos
1) ampliação da força de trabalho
2) introdução de mão-de-obra qualificada
3) custo de criação já pago
4) ampliação e diversificação do mercado consumidor
5) estímulo à elevação da produtividade
6) ampliação do quadro demográfico
As migrações internas refletem no deslocamento as mudanças econômicas que
estão ocorrendo nas diferentes regiões do país, modificando o processo de
ocupação territorial.
Quanto aos países, o interesse em emigrar está relacionado à busca de
melhores condições de vida, que nem sempre tiveram uma boa repercussão,
implicando a mudança das áreas de recepção.
Desde a colonização, o Brasil foi um país receptor de migrantes, no
entanto, as mudanças socio-políticas e econômicas verificadas ao longo dessa evolução
levaram muitos brasileiros a emigrar, na tentativa de melhorar sua condição de
vida.
Imigração
no Brasil
Teoricamente, podemos dizer que a imigração começou no Brasil em 1808,
embora os primeiros imigrantes tenham chegado no ano de 1818, durante a
regência de D. João VI, por ocasião da publicação de um decreto em 25 de
novembro do mesmo ano, o qual permitia ao governo conceder terras aos
estrangeiros.
A partir desta data, até os dias atuais, entraram no Brasil
aproximadamente 5,5 milhões de estrangeiros, tendo, alguns regressado para o
país de origem.
Em 1752, 1.500 famílias se instalaram no Rio Grande do Sul, fundando o
Porto dos Casais, atual cidade de Porto Alegre.
Entre 1808 e 1850, verificamos as seguintes experiências de colonização:
l Em 1819, cheguu ao Brasil a primeira
leva de imigrantes não-portugueses. Eram cerca de 1.700 suíços de língua
alemã, provenientes do Cantão de Friburgo, que o governo instalou no Rio de
Janeiro, onde fundaram, em 1820,
a atual cidade de Nova Friburgo.
l Em 1824, teve início a colonização
alemã em São Leopoldo ,
no Rio Grande do Sul, e, em 1827, outra colônia alemã foi instalada em Rio Negro , no Paraná.
l Em 1829, foi fundada uma colônia
alemã em Santo Amaro
(SP) e outra em São Pedro
de Alcântara (SC).
l Em 1830, foi criada uma colônia alemã
no Espírito Santo.
Nos últimos cem anos, é possível distinguir quatro períodos sucessivos:
l período alemão (1850-1871);
l período ítalo-eslavo (1872-1886);
l período italiano (1887-1914) - foi o
período de maior entrada, chegando a atingir 100.000 imigrantes anuais;
l período japonês (1920-1934).
A imigração no Brasil foi, na maior parte das vezes, provocada, e
raramente espontânea. Por esse motivo, as maiores entradas coincidiram com
períodos em que houve escassez de mão-de-obra na nossa lavoura, intensificando-se,
por isso, a propaganda brasileira no exterior.
Etnia: conjunto de indivíduos que apresentam idênticos caracteres físicos e
culturais.
Força de trabalho: conjunto de faculdades físicas e mentais que
habilitam um homem a realizar qualquer atividade produtora de riqueza.
Custo de criação: ou de formação do indivíduo correspondente à quantidade gasta à criação
e formação de uma criança até que ela se torne um produtor.
Aculturação: termo sociológico que se refere ao conjunto dos fenômenos determinados
pelo contato de grupos de indivíduos de culturas diferentes.
Assimilação: interpretação e fusão de culturas.
Enquistamento: relativo à formação de "quistos raciais" e culturais,
dificuldade em assimilar culturas.
Latifúndio: propriedade rural de grande dimensão geralmente inexplorada ou
indevidamente explorada.
Minifúndio: propriedade rural de pequenas proporções, geralmente explorada através
da agricultura de subsistência.
Policultura: sistema agrícola que se baseia no cultivo de vários produtos
simultaneamente, em diferentes espaços.
Expropriar: retirar alguma coisa de alguém, roubar.
Grileiro: aquele que procura apossar-se de terras alheias mediante escrituras
falsas.
Arrendatário: aquele que arrenda uma propriedade ou parte desta, mediante certo preço e
tempo.
Posseiro: que se estabelece em terras de alguém com o intuito de produzir para sua
subsistência e seu grupo.
Parceiro: tipo de exploração indireta da terra onde se estipula a porcentagem para
divisão dos lucros.
Fatores
favoráveis à imigração
Entre os vários fatores favoráveis à imigração, podemos citar os
seguintes:
l grande extensão do território e
escassez de população;
l desenvolvimento da cultura cafeeira
no Planalto Paulista, que passou a exigir numerosa mão-de-obra;
l dificuldades em se obter escravos
africanos após a extinção do tráfico (1850);
l abolição da escravatura (13/5/1888);
l custeio dos gastos de transporte do
imigrante pelo governo;
l crise econômica na Itália, Alemanha e
Espanha, caracterizada pelo desemprego, estimulando o fluxo imigratório para o
Brasil.
Fatores
desfavoráveis à imigração
Entre os fatores desfavoráveis, podemos citar os seguintes:
l tropicalidade do país, em contraste
com os países de emigração, que são, em geral, de clima temperado;
l falta de uma firme política de
colonização e imigração;
l falta de garantias para os que aqui
chegavam como imigrantes;
l obrigatoriedade, por parte do
imigrante, de pagar o financiamento da viagem.
Alterações
na década de 30
A partir da década de 1930, diminuiu acentuadamente a entrada de
imigrantes, devido a vários fatores:
l tendência a evitar saídas de
indivíduos, por parte dos países emigratórios;
l melhoria das condições sociais dos
povos europeus;
l crise da Bolsa de Nova Iorque, com a
conseqüente crise econômica no Brasil (1930);
l medidas constitucionais de 1934 e
1937, que estabeleceram a cota de imigração, isto é, só poderiam entrar no
país 2% de cada nacionalidade dos imigrantes que haviam entrado entre 1884 e
1934;
l medidas legais com o intuito de fazer
uma seleção profissional (80% dos imigrantes que entravam a cada ano deveriam
ser agricultores e permanecer um mínimo de 4 anos na lavoura);
l seleção de caráter social:
l última Guerra Mundial.
Durante a Segunda Guema Mundial, praticamente, paralisou-se a imigração,
tendo entrado apenas 18.500 imigrantes no país.
Fatores
que motiveram a imigração para o sudeste e sul
l natureza climática dessas regiões,
por terem favorecido a instalação dos europeus;
l desenvolvimento da cultura cafeeira,
principalmente em São Paulo ;
l colonização de povoamento,
desenvolvida no Sul do país principalmente;
l desenvolvimento econômico ocorrido
anós 1850.
Conseqüências
desta imigração
l formação das pequenas e médias propriedades
rurais;
l introdução de novas formas de
produção rural;
l introdução de novos vegetais na
agricultura;
l composição étnica com predominância
de brancos.
Grupos
de imigrantes
1. Suíços de língua alemã
Foram os primeiros imigrantes chegados ao Brasil (1819). Fixaram-se no
Rio de Janeiro, fundando a cidade de Nova Friburgo. Esta colonização não deu o
resultado esperado, principalmente por falta de meios de comunicação e
transporte. Mesmo assim, foi esta a primeira colônia de imigrantes
não-portugueses, organizada e subvencionada pelo governo.
2. Alemães
Começararam a chegar a partir de 1824. Radicaram-se principalmente no Rio
Grande do Sul, fundando São Leopoldo, Novo Hamburgo, Gramado e Canela, e em Santa
Catarina (Vale do Itajaí), onde fundaram Blumenau, Brusque, Itajaí e, no
litoral de Santa Catarina, Joinville. Fixaram-se, também, nas proximidades de
São Paulo (Santo Amaro), Rio de Janeiro e Espírito Santo (Colatina).
Por meio do sistema de colônias de povoamento e utilizando o sistema de
trabalho familiar, os alemães difundiram, no Sul do país, a policultura em
pequenas propriedades e a "indústria doméstica".
A influência dos alemães é principalmente notada em Santa Catarina ,
onde encontramos construções, hábitos alimentares e outros aspectos típicos da
cultura germânica.
Em 1970, o total de imigrantes alemães era de aproximadamente 260 mil,
sendo 38% em São Paulo ,
17% no Rio Grande do Sul e 12%
Olá, gostaria de saber se estar atualizado?
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